Acordo todos os dias
Procurando por mim
Buscando o Eu que eu conhecia,
Aquele lugar de onde eu vim
Aquele cheiro de terra molhada
no escurecer de fim de tarde
Lama nos tênis e a roupa encharcada,
Entrando em casa sem fazer alarde
O cheiro de café e cuscuz
Minha mãe na sala me esperava
Minha vó Nina fazendo o sinal da cruz
Eram 6 horas o sino da igrejinha badalava
A chuva lá fora caia pesada
Eu já quentinho á mesa jantava
O candeeiro a todos iluminava
Pois quando chovia a luz faltava
No terraço me aguardava a turminha
Tontonho, Daniel, Bé, Walson, Zé Roberto, Carlinhos e Beto de D. Mocinha
Brincar de "manja", esconde-esconde e contar histórias de terror
Até minha mãe gritar lá de dentro - "já é tarde, a brincadeira acabou"
- Manhinha hoje tem filme legal, quero assistir
- Tudo bem, mas lave os pés antes de dormir
Na cama de baixo da coberta quentinha
Ainda escutava lindas melodias que saiam do rádio que minha mãe ouvia
Então eu dormia
Tuca Rimbaud
sexta-feira, 29 de maio de 2020
Quarentena - 09/05/2020
Do silêncio das ruas desertas
Escuto apenas minha própria solidão,
Das manhãs e tardes incertas
Espero á noite trazer-me redenção
Quando chega a madrugada caço poesias,
Um livro, uma canção,
Quando penso não me restar mais nada
Ouço meu filho tocando violão
A música fala do "ontem"
De um tempo que ficou para trás,
De quando eu via no horizonte
Um mundo que já não existe mais
Mas da desesperança brota um alento
Minha Lú que pinta um quadro
Gabriel ao violão
O amanhecer no firmamento
E Bobby, que dorme junto aos meus pés no chão.
Escuto apenas minha própria solidão,
Das manhãs e tardes incertas
Espero á noite trazer-me redenção
Quando chega a madrugada caço poesias,
Um livro, uma canção,
Quando penso não me restar mais nada
Ouço meu filho tocando violão
A música fala do "ontem"
De um tempo que ficou para trás,
De quando eu via no horizonte
Um mundo que já não existe mais
Mas da desesperança brota um alento
Minha Lú que pinta um quadro
Gabriel ao violão
O amanhecer no firmamento
E Bobby, que dorme junto aos meus pés no chão.
terça-feira, 19 de maio de 2020
Acalanto para Gabriel
Acorda Gabriel e vem ver o sol nascer,
Ver a vida despertar nesse lindo amanhecer,
Já estou contando as horas para ver você crescer,
pra te colocar no colo e te ver adormecer.
Cantar pra você uma canção,
Que fale de amor e esperança,
E diga que a vida é um sonho lindo de se viver,
Olhar nos teus olhos e redescobrir
A criança que já não existe em mim,
Agora sorrindo, chorando e brincando com você.
A vida vai ser doce como mel
Quando olharmos para o céu
Eu, você e Gabriel (Gabriel is in my heart, is in my eyes)
O amor quando é puro ele é pra sempre,
Teremos a vida inteira pela frente,
Tuca, Lú e Gabriel (There are places I'll remember all my life)
E quando a noite cai, olho pro céu,
Peço a Deus para abençoar
A vida de Gabriel.
"Os anjos não avisam quando vão chegar,
Eles simplesmente aparecem"
Poema para George
A tarde, a brisa, a solidão
Vida e morte, tudo passa
O universo em mim,
A busca sem fim
A saudade que dói,
A ausência que destrói,
O momento que se foi,
A redenção que um dia virá.
Tudo passa,
Tudo passará.
Vida e morte, tudo passa
O universo em mim,
A busca sem fim
A saudade que dói,
A ausência que destrói,
O momento que se foi,
A redenção que um dia virá.
Tudo passa,
Tudo passará.
Assinar:
Postagens (Atom)