Mares virgens
Nunca
d’antes navegados,
Desvendo
agora teus mistérios,
Dos
segredos és o mais guardado
Afogaste-me
em tuas ondas,
Engolistes
o meu mastro,
Pondo-me
a deriva
Preso
nas correntezas de teus braços
Tua
suave brisa beija-me o corpo
Deixando-me
tonto sem rumo, sem porto,
Capitão
subjugado, refém, amarrado
nos
teus infinitos mistérios nunca d’antes revelados
Aventurei-me
por tuas águas
Com
meus olhos vendados,
Para
não ver tuas armadilhas
Embora
sentisse-as de fato
Cerquei-me
de todos os cuidados,
Empunhei
todas as minhas armas,
Porém
tolo fui eu que esqueci,
Que
quem desvenda teus mistérios
Pra
dentro de ti é tragado.
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