Hoje caminhei pelas mesmas ruas de minha infância
E senti os mesmos cheiros de minhas velhas andanças,
Um cheiro doce, um cheiro bom um cheiro seu,
De quando ficava aninhado nos seus braços, naquele colo que
era só meu
Sentei naquele mesmo muro da casa em que nasci,
Onde costumava ver o sol se por, sem temer o futuro nem por
um triz,
De onde vi minha mãe seguir em frente,
Sem ao menos me dizer que era pra sempre
Naquele singelo adeus, me perdi completamente.
E fiz da solidão minha mais tenebrosa confidente
Não tive tempo de chorar, não podia esperar.
Caí de boca na vida, sem tempo nem mesmo de lamber as
feridas,
Eu tinha que encontrar um porto, eu era um quase morto,
O tempo não esperava e eu tinha que encontrar uma saída
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